quarta-feira, 11 de junho de 2008

Encontro sobre Educação Especial – Opinião

No passado sábado estive no Centro de Congressos de Lisboa para participar no encontro promovido pela Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) sobre Educação Especial, nomeadamente no contributo da CIF ou CIF-CJ para a Educação Inclusiva.
Este encontro ficou muito aquém das minhas expectativas (admito que eram altas), quer ao nível dos conteúdos ministrados, quer ao nível do funcionamento e organização do próprio encontro.
Para além do atraso inicial, que condicionou desde logo o tempo e a qualidade das intervenções, verifiquei que alguns dos intervenientes não conduziram a sua apresentação de acordo com o tempo previsto e outros tentaram, no curto espaço de tempo que lhes restava, dizer tudo aquilo a que se tinham proposto.
Pois assim decorreu o encontro, entre comunicações com apresentações e introduções longas, sem nada de novo para nos apresentar, e comunicações “a correr” sem possibilidade sequer de se assimilar e perceber a pertinência e objectivo do que se estava a apresentar.
Uma vez que estamos a falar da qualidade das intervenções, concluo desde já a minha opinião sobre o assunto: pouco ou nada de novo trouxeram!
Na esperança de aprender algo mais para além do conhecimento que detenho sobre o assunto, fruto de leituras e pesquisas, as comunicações pecaram quer em termos teóricos, quer em termos práticos.
Em termos teóricos por já ter referido que nos trouxeram “mais do mesmo” e, para além disso, pela incoerência entre os vários discursos apresentados, que começou logo pela falta de consenso na utilização do termo. Dependendo do orador, ora se falava em CIF, ora se falava em CIF-CJ; ora se afirmava que não era uma classificação, ora se dizia que a CIF era isto mesmo…
Sem a coerência necessária na parte teórica do assunto, a parte prática passou pela apresentação dos oradores estrangeiros da experiencia da aplicação da CIF nos seus países.
Não descurando a importância do contributo destas experiências, o que nós precisamos saber, julgo eu, é como e em que casos utilizar esta classificação, ou seja, verdadeiros exemplos práticos, aplicados à nossa população.
A tudo isto tenho ainda de acrescentar a falta de organização e funcionamento do próprio encontro. Começou com um atraso bastante considerável, a Srª Ministra não apareceu, não havia espaço para intervalo (num encontro com sessão de abertura do secretariado marcado para as 8:00h), o almoço foi uma hora depois do previsto, entre outros aspectos que creio não valer a pena referir sob pena de parecer demasiado “picuinhas”!
Como aspectos positivos assinalo a intervenção do Dr. Simeonsson e do Dr. Rodrigo e os materiais oferecidos.

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