quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Das Férias

(...) Aconteça o que acontecer, a ideia de férias continua a ser explêndida. Os anos passam, as férias repetem-se, e a maioria de nós continua a experimentar aquela excitação miudinha, aquele arrepio benévolo de que qualquer coisa saborosa está para acontecer. Claro que a ideia de férias e as férias propriamente ditas, há sempre uma distância, às vezes uma enorme distância.
Mas basta sair da rotina, não ter de acordar àquelas horas, não ter de cumprir horários impostos pelo exterior, para a primeira mais-valia das férias já estar a acontecer.
Vamos de férias para nos distanciarmos do nosso quotidiano, para significar o tempo de outra maneira, para pontuarmos o nosso estilo de vida de acontecimentos e sensações diferentes. As férias, ao deixarem um lastro de memórias simpáticas, permitem-nos manter um reduto que serve de recurso para irmos usando quando as dificuldades apertam e quando o dia-a-dia fica insuportável. Permitem-nos ir revisitando o que aconteceu, imaginando o que irá acontecer, compondo histórias cada vez mais retocadas que contamos aos amigos, partilhamos com conhecidos e ilustramos com dúzias de fotografias. (...)"

Por Isabel Leal, Psicóloga Clínica In noticiasmagazine de 12 de Julho de 2009